O ar vaga, em busca de alguma vítima à sedução vital.
Morri diversas vezes nesta brincadeira. Intoxicação por beijos vulgares, surdez diante a música, cegueira. Tenho feito cortes onde costumava guardar amigos, e mais alguns em relação a Deus. Fé, a única ferida que não sarou. Em minhas crenças tortas ando doando almas ao único ser que permanece na história. Anjos e Demônios se fundiram, as asas crescem pra dentro e os fetiches pra fora. A embriaguez foge do social e vira instintivo, todos estamos contidos nisso, o que nos diferencia é o gosto. Certa vez cedi aos aromas, dormi de alma podre. Em uma das vidas vi-me onde não me conhecia, e continuo me buscando.